A arte romanesca do ator: Constantin Stanislavski na cultura do romance
Num dos livros de Constantin Stanislavski, o diretor faz a seguinte proposta para seus atores: “Vamos sonhar e compor o que o autor não terminou de escrever. Preparem-se adequadamente, este é um trabalho longo e difícil. Vocês precisarão se transformar em colaboradores do autor e concluir o que ele não terminou de fazer. Quem sabe se não teremos que escrever uma obra inteira?” Esse fragmento revela a importância que Stanislavski conferia à produção literária no processo criativo de seus atores. Henrique Gusmão, neste livro, mostra-nos como uma cultura do romance que surge no século XVIII criou as condições necessárias para que o encenador russo pudesse transformar de modo decisivo a arte da atuação teatral. Surge, assim, uma nova possibilidade de leitura, criativa e provocadora, de um dos nomes mais relevantes da história do teatro no século XX
Autor: Henrique Buarque de Gusmão
O Jardim de Ossain no Reino de Orunmilá: Introdução à tradição de Ifá e catálogo botânico afro-cubano
O JARDIM DE OSSAIN NO REINO DE ORUNMILÁ é uma tentativa de conciliar esses saberes, apresentando os princípios básicos do culto a Ifá como praticado no Brasil, em Cuba e no Haiti àqueles que pretendem assumir a responsabilidade de conhecer, cultuar e aprimorar o seu caminho de vida. Ao mesmo tempo, o catálogo botânico sobre o uso litúrgico e medicinal das ervas presentes em O JARDIM DE OSSAIN NO REINO DE ORUNMILÁ, com mais de 300 espécies catalogadas e detalhadamente apresentadas, faz do livro ferramenta fundamental para o resgate das práticas de autocuidado e preservação da saúde física, mental e emocional de forma unificada e harmoniosa, como bem nos ensinaram nossos ancestrais.
Autores: Murilo Meihy & Eduardo Freitas
Os Libaneses
Um país pequeno e distante abriga um povo longe de ser desconhecido pelos brasileiros: os libaneses imigraram em peso para cá e trouxeram seus costumes e sua cultura. Este livro, escrito pelo historiador descendente de libaneses Murilo Meihy, mostra características, discute estereótipos e traz esse povo alegre e sofrido ainda mais perto dos brasileiros. Quem são e como vivem os libaneses? Um simples passeio pelas ruas das suas grandes cidades revela que o Líbano é uma encruzilhada cultural onde os clichês mais clássicos sobre a relação entre Oriente e Ocidente se dissolvem. As camisas de marcas famosas do Ocidente, os penteados ousados que mais parecem esculturas modernistas e as maquiagens pesadas são vistos lado a lado com véus islâmicos e correntes de ouro com pingentes em formato de cruz. Recheado de bom humor, relatos cotidianos e um panorama histórico, além de mapas e fotos, o texto mostra as raízes milenares do país, os anos de paz e de guerras, a geografia e a economia, a luta das mulheres e a diáspora. Esta obra é um convite para os brasileiros descobrirem as verdadeiras riquezas desse povo multifacetado e tão importante para a formação do Brasil.
Autor: Murilo Meihy
Leão, o Africano: A África e o Renascimento Vistos por um Árabe
Pode o destino de um homem mudar os rumos do Renascimento? Entre alquimistas, artistas, matemáticos, nobres e Papas, a África e o Islã reivindicam seus lugares na História Cultural do Ocidente no século XVI. É a vida de um exilado granadino chamado Leão, o Africano, que mostra outro lado da modernidade: a arte de enganar para sobreviver, de traduzir culturas para negociar e de se fazer o comércio para dominar o conhecimento sobre certos povos.
Autor: Murilo Meihy
História da África Contemporânea
A partir do século XV a aproximação das culturas africanas, europeias e asiáticas tornou-se inevitável. A chegada do navegador português Vasco da Gama às Índias em 1498, contornando o território africano, estabeleceu os primeiros passos para a sistematização do interesse dos europeus pela África e pela Ásia. Além de Vasco da Gama, Marco Polo e Ibn Battuta já haviam revelado o seu fascínio e estranhamento diante dos costumes e das características dos povos africanos e asiáticos. Há algumas décadas, uma vigorosa historiografia africana escrita por senegaleses, nigerianos, angolanos, egípcios e também ingleses, americanos e franceses, procura desfazer a “vitimização” associada ao colonialismo europeu imposto ao continente. Impossível conhecer profundamente o cenário atual africano sem analisar os efeitos da presença colonizadora até o século XIX. A África do século XXI é o resultado deste cenário - ainda com epidemias, fome, genocídios etc -, mas com algumas boas perspectivas. A costa Atlântica tem apresentado países com crescimento contínuo, o norte islamizado rompeu com o autoritarismo de seus regimes políticos e o litoral do Índico tem ampliado sua integração com as crescentes economias asiáticas. A leitura de História da África contemporânea é uma oportunidade de conhecer novas possibilidades para o mundo de um rico continente ainda cheio de desafios.
Autores: Murilo Meihy, Pablo Mattos & Mauricio Parada
As mil e uma noites mal dormidas: a formação da República Islâmica do Irã
Concretização de uma promessa feita ante um rogo pungente, neste excelente livro historiador Murilo Seber Bon Meihy persegue um objetivo muito claro: desmistificar certa imagem construída, em especial nos meios de comunicação sobre o Irã e sua revolução. Originalmente concebida como dissertação de mestrado, o trabalho manteve praticamente intacto o rigor acadêmico, mobilizando responsável repertório teórico e critico. Murilo procura dar conta de fatos que, desde o final da década de 70, com a derrubada do xá Reza Pahlevi, têm colocado o Irão no centro do cenário politico mundial e, porque não dizer, do imaginário ocidental. Mas, sobretudo, este livro pode ser lido como uma operação de exorcismo dos fantasmas de muitas alteridades, como se evidencia no saboroso prefácio que o explica.
Autor: Murilo Meihy